7/04/2014

Mini Imagine com Louis Tomlinson - Heartbreak Girl (Parte 2)

Heartbreak Girl



Parte 2

Sem duvida alguma aquele era o melhor beijo que eu já dera na vida. Senti os problemas se afastando, senti a dor e a agonia indo embora, eu só queria sentir o toque de seus lábio nos meus, sem mais, só queria beijá-lo até o mundo acabar. Só após alguns segundos percebi que Louis já me envolvia em seus braços e eu não fazia diferente com os braços em seu pescoço.
Houve o momento em que, infelizmente, tivemos que parar o beijo, mas não nos afastamos, apenas ficamos nos olhando com as testas encostadas e com a respiração ofegante.
– Lembra de mim? – Digo num sussurro e ele concorda com a cabeça – Quer sair daqui agora? – Minha voz ainda saia baixa, mesmo com o meu surto de adrenalina repentina eu fiquei constrangida por o amigo dele estar tão perto –
Louis concordou com a cabeça mais uma vez e nos afastamos relutantes, eu não queria me afastar dele, mas era por uma boa causa e por pouco tempo. Segurei sua mão e o arrastei para fora da festa e das pessoas, sem dizer nada ele me acompanhou pelo caminho que eu mesma traçava, em momento algum eu dei sinal de que queria soltar sua mão e ele pareceu não se importar com isso também, bom, assim eu me sentia melhor, acho que me fazia ficar mais segura.
– Aonde vamos? – Ele perguntou após uns minutos andando – Assim... Não que eu me importe... Eu só queria saber... – Ele parecia um pouco confuso.
– O que há de errado, Louis? – Parei de andar e o olhei – Você parecia tão seguro naquele dia.
– Eu sei, é que isso foi tão repentino...
– É, foi... – Voltei a andar, ainda sem soltar a mão dele – Vamos para o meu apartamento.
Assim que eu disse chegamos em frente ao meu prédio, entramos e subimos para o meu apartamento, ele ainda não falava muito, mas as vezes quando me arriscava a olhar pra ele pelo canto dos olhos eu o via sorrindo e isso, eu tenho certeza, não é ruim.
Entramos no meu apartamento e o Louis soltou minha mão enquanto caminhava até a sala atrás de mim, então eu me virei pra ele e surpreendentemente ele me beijou, eu não esperava por isso, mas eu não queria que parasse nunca, pelo contrario, eu queria que fosse muito alem daquilo. Eu o puxei para o sofá pela gola da camisa e ele caiu sobre mim, sem pararmos os beijos, eu o puxava para mim cada vez mais, parecia que era involuntário, antes de eu pensar a respeito já estava fazendo, mas então Louis separou o beijo.
– Espera... Eu estou tão confuso – Ele disse se afastando de mim e sentando no sofá, enquanto eu ficava deitada parecendo uma idiota – O que aconteceu com o seu noivo? – Perguntou parecendo confuso e eu suspirei enquanto me sentava ao seu lado.
– Eu sabia que não ia dar certo... – Digo pra mim mesma antes de olhar para ele que mantinha sua expressão confusa – Desculpe...
– Pelo que?! – Louis parecia um pouco nervoso dizendo aquilo.
– Por te trazer aqui de repente... É que... – Eu ri antes de dizer: – Bem, não sou boa nisso, sabe?
– Tudo bem... Eu só quero saber o porquê – Ele segurou meu rosto e me olhou nos olhos, nossa... Que olhos... – Vai me falar? – Concordei rapidamente com a cabeça – Então...?
– Eu... – Olhei para baixo, mas ele ainda segurava meu rosto – Peguei meu namorado com outra... – Isso é realmente algo muito difícil de admitir, mas eu não queria mentir – Quando te vi lá na praia eu pensei em... – Louis me interrompeu.
– Se vingar? – O olhei e notei que ele tinha um sorriso no rosto, mas eu não sabia se era algo bom.
– Desculpa, Louis, mas eu agi por impulso e... Pensei que você não se importaria...
– Não me importo – Ele me beijou mais um vez de surpresa, só paramos após alguns segundos e ele sussurrou ainda próximo a mim: – Mas acho que não é disso que você realmente precisa.
– Por que acha isso? – Eu também continuava próxima a ele e não estava nem um pouco interessada em me afastar.
– Bom, por mim eu até faria, sabe? Dizem que sexo por vingança é muito bom – Eu ri e ele continuou – Mas eu não acho que você agiria assim...
– Por que eu não agiria assim? Como pode saber? Nem me conhece! – Ele suspirou, afastou-se de mim e levantou do sofá.
– Eu sei que não te conheço, mas você tem cara, sabe? E aquele dia na praça você não me deu nem chance porque estava comprometida... É certinha demais, gente como você não deveria fazer isso... Você pode se sentir culpada depois e vai sobrar pra mim.
Eu não consegui dizer nada, só fique lá sentada olhando para o nada, enquanto ele saía de perto e ia pra algum lugar em que eu não ligava, só pensava no que ele disse, não sou tão certinha... Bom, na verdade, sempre me dizem isso, mas eu não sou e eu queria fazer aquilo com ele, não iria me sentir culpada depois, iria me sentir bem, por ter conseguido o que queria, não é? E pra começar eu já pensava nisso antes de tudo isso, eu já me peguei pensando nesse menino varias vezes e acho que ter pego o Dylan com aquela vadia só foi um desculpa para eu correr para os braços dele.
– Que tipo de garota certinha tem uma garrafa de vodka em casa?
Disse ele da cozinha, que era dividida da sala por um balcão, olhei pra lá surpresa e ele estava olhando pra mim com a garrafa na mão e rindo. Respirei fundo antes de me levantar e ir até lá, tirando a garrafa da mão dele e pegando um copo.
– Isso é para visitas – Expliquei enchendo o copo.
– E você vai beber?
– Vou – Virei à dose inteira e fechei os olhos sentindo aquilo descer queimando – Droga... Odeio vodka - Digo isso enquanto encho o copo mais uma vez.
– Então não deveria beber – Disse pegando o copo antes de mim.
– Ei! – Reclamei vendo ele beber a minha bebida – Eu tenho que beber, estou magoada e você não quer transar comigo!
Eu arregalei os olhos após dizer aquilo e coloquei as mãos na boca morrendo de vergonha por ter falado aquilo em voz alta. Louis riu auto e quando se recuperou tirou minhas mãos da frente da minha boca em me selou rapidamente, logo em seguida encheu o copo novamente e o entregou a mim.
– Você fica mais legal bêbada – Ele diz rindo e eu mostro e língua pra ele antes de beber o conteúdo do copo, dessa vez não tudo de uma vez, eu não conseguiria – Vem, vamos voltar pra lá.
Ele segurou a garrafa e o copo em uma das mãos e a minha mão com a outra e me puxou de volta para a sala, nos sentamos no sofá um pouco mais longe do que deveríamos, eu só não queria admitir que precisava dele perto. Louis me estendeu o copo cheio de novo, o peguei de sua mão, mas não bebi imediatamente, eu ainda sentia o gosto desagradável da ultima dose.
– Então... Quer falar sobre o que aconteceu? – Ele perguntou gentilmente sem olhar diretamente para mim.
– Não – Respondo firme.
– SeuNome... Esta tudo bem, você pode cofiar em mim – Ele disse para me tranquilizar e se aproximou um pouco de mim no sofá – Pode falar, estou aqui para te ajudar – O encarei e quando percebi que ele falava sério virei o corpo e fiz careta sentindo o liquido queimar minha garganta pela terceira vez.
– O que eu posso dizer? Fui na casa do meu noivo para passarmos a noite juntos e descobri que sua noite já havia começado com outra... – Louis tirou o copo da minha mão e o encheu novamente – Você sabe que isso não se bebe assim tudo de uma vez, não é?
– Em certas ocasiões essa é a melhor resposta – Me ofereceu o copo novamente.
– Quando eu estiver bêbada vai fazer sexo comigo? – Ele deu um sorriso irônico e depois me olhou como se estivesse ofendido.
– Acha que eu seria capaz?
– Eu não acho, eu espero que seja – Ele riu mais uma vez – Por que ainda está aqui, Louis?
– Não acho uma boa idéia te deixar sozinha... – Disse fugindo do meu olhar.
– Por que se importa? Você nem me conhece...
– Não quero ir embora... Eu só quero te ver bem, eu... Me preocupo por você, SeuNome – Ele ainda não me olhava diretamente e eu só consegui sorrir ouvindo ele falar aquilo – Isso parece tão ridículo quanto na minha cabeça?
– Claro que não! – Abandonei o copo ainda cheio na mesinha de centro, tirei a garrafa na mão dele e a coloquei na mesa também, me aproximei dele e me deitei apoiada em seu ombro – Obrigada...
– Não me agradeça – Ele riu e me apertou contra ele – Só quero que fiquei bem... Você... Você pode me dizer como se sente?
– Me sinto destruída... – Digo após um tempo - Eu o amava e ele teve coragem de fazer aquilo... Por que ele fez aquilo, Louis? Não sou boa o bastante para ele? – Senti as lágrimas querendo sair novamente, mas eu fiz de tudo para parecer mais forte.
– Não fale assim! É claro que não é isso SeuNome! Esse cara é um idiota que não te merece – Ele disse bravo, eu até fiquei assustada com a firmeza com que ele falava aquilo – Vai ficar tudo bem agora, eu prometo, estou aqui com você.
Eu saí da posição em que estava para poder olhar para ele, ele tinha um sorriso discreto nos lábios e seus o olhos estavam escuros como eu nuca havia visto. Eu juro que dessa vez foi involuntário, aproximei meu rosto do dele e o beijei, como sempre, o beijo dele me fez esquecer da dor que havia voltado por um minuto. Com alguns segundos o beijo foi se intensificando e o Louis me segurava pela cintura, me puxando cada vez mais contra seu corpo, eu fui deitando ele no sofá lentamente, fiquei por cima dele e paramos o beijo.
– É melhor pararmos – Ele disse com os lábios sobre os meus.
– Por favor, Louis... – Eu insisti, mas ele continua sem dizer nada – V-você não me quer? – Me afasto um pouco para olhar pra ele direito.
– Nossa... pode ter certeza que não é isso – Ele riu – É que... – Ele suspirou me tirando de cima dele – Eu não quero ser o cara com quem dormiu por vingança... – Admitiu cabisbaixo e eu sorri.
– Não se trata mais disso, Louis... – Eu sorri pra mim mesma antes de admitir: – Eu quero isso, gosto de você de verdade – Ele sorriu radiante e me selou.
– Então podemos esperar, não é? – Sugeriu com um sorriso fofo nos lábios.
– Claro que sim – Eu sorri e nos beijamos de novo.
Voltei a abraçá-lo e nós não nos falamos muito, só poucas coisas, coisas bobas, mas boas e necessárias para um momento como aquele, Louis estava tentando me ajudar a esquecer o que vi, esquecer da dor, mas... eu já havia esquecido, ele não sábia que apenas estar com ele já me fazia bem. Não demorou muito para eu pegar no sono, acho que a bebida me ajudou um pouco, adormeci ali, nos braços dele e me sentindo totalmente bem.


Acordei sorrindo após um sonho do qual não me lembro. Ainda de olhos fechado eu me espreguicei e senti um movimento diferente na cama... Espera aí? Estou na minha cama? Como assim?
Abri os olhos lentamente e me virei para o lado, Louis estava lá, já sorrindo ao olhar pra mim, eu só consegui sorrir também vendo aquela carinha de sono dele.
– Bom dia – Eu digo sonolenta com os olhos entreabertos – Você me trouxe pra cá ou eu vim e não me lembro?
– Fui eu, você dormiu lá no sofá – Louis disse e riu discretamente – Fica tão linda dormindo – Ele esticou o braço e tirou uma mexa de cabelo que caia sobre o meu rosto – Dormiu bem?
– Perfeitamente bem – Eu disse ainda sorrindo – E você?
– Eu preciso dizer?... Estava com você – Ele sorriu... O sorriso mais fofo e lindo que já vi – Ham... O seu celular tocou a manhã inteira, devia ver o que é... – Ele disse desviando o olhar de mim e olhando para cima – Deve ser... Seu...
– Meu ex. É, deve ser ele – Vi ele sorrindo discretamente antes de se levantar e se sentar na cama – Onde vai?
– Eu... preciso ir... – Ele não me olhava, estava sentado de costas pra mim.
– Não vai, fica aqui comigo – Peço me levantando e engatinhando até ele na beira da cama.
– Não posso ficar – Ele diz simplesmente e eu o abraço por trás afundando minha cabeça em seu pescoço – Assim eu não resisto – Ele riu, mas não se mexeu.
– Por que não pode ficar? Tem compromisso?
– Isso... Eu tenho um compromisso – Assim que ele falou a campainha tocou – Está esperando alguém?
– Não hoje... – Digo estranhando e me levanto – Vou ver quem é.
Eu saí do quarto sem ouvi-lo dizer mais nada e vou atender a porta ressentida, que droga, porque tinham que nos atrapalhar logo agora? Mas que diferença faz? Ele já estava indo embora mesmo. Abri a porta e dei de cara com a Kate, ela não olhou pra mim, estava mexendo no celular.
– Pode me explicar por que tem sete ligações do Dylan no meu celular? – Ela disse entrando e ainda sem me olhar.
– Sério que você veio aqui pra perguntar isso? – Eu disse sem acreditar e nessa hora o Louis já estava na entrada do corredor.
– O que tem demais? – Ela, finalmente, olhou pra mim, só que eu estava com os olhos fixos no Louis, ela seguiu meu olhar e o viu, arregalou os olhos e voltou a me olhar – O que o Louis está fazendo na sua casa?!
– O Louis em questão está aqui – Ele disse se aproximando e ficando ao meu lado – E ele já tem que ir... – Me olhou triste – Até mais, SeuNome – Ele me deu uma beijo na bochecha e saiu.
– Louis, espera – Eu fui atrás dele e o alcancei na porta – É... Me liga mais tarde? – Digo mordendo o lábio inferior logo em seguida e ele sorriu e me selou.
– Eu ligo – Disse sorrindo e se afastou.
Eu fechei a porta assim que ele saiu, sentindo meu coração ficar mais apertado a cada segundo, eu queria poder ficar mais tempo com ele, por que estava tão diferente essa manhã? Parecia mais distante, parecia que estava fugindo de mim.
– Ele não vai ligar – Digo pra mim mesma antes de voltar para a sala e me jogar no sofá – Eu não sei como, mas sem perceber consegui estragar tudo...
– Do que você está falando? O que acabou de acontecer aqui? – Kate disse parecendo confusa – E o que aconteceu com o Dylan? Você brigaram?
– Ai, pra que tantas perguntas? – Digo preguiçosa – No momento tenho outra coisa para me preocupar...
– Por que acha que ele não vai ligar? – Ela se sentou ao meu lado e ficou séria esperando minha resposta.
– Pra começar ele nem tem o meu numero...
– Ah, não se preocupe, ele tem sim o seu número – Ela disse rindo – Eu mesma dei a ele ontem.
– É claro que deu... – Eu estava sim surpresa, mas com a mente ocupada demais para ficar brava – Quer saber o que aconteceu? – Ela balançou a cabeça animada – Eu peguei o Dylan com outra... – Contei novamente como foi, que legal ter que contar como fui chifrada pela segunda vez, depois contei que fui até a festa e encontrei o Louis... – só que eu acho que isso não via a diante, ele estava estranho hoje, acho que ele só queria fugir de mim, afinal, ele viu como sou fraca ontem.
– Não fala assim! Não é verdade, ele só deve estar com pressa.
– Eu não acho... Mas não quero pensar nisso agora – Digo me levantando - Você sabe que os convites de casamento já foram enviados, não sabe?
Fui até o balcão e peguei uma pasta que continha umas coisas do casamento, tiro de lá a lista e volto a me sentar ao lado dela, entreguei a lista e ela e peguei meu celular.
– Você vai me ajudar a dizer que o casamento foi cancela.
– SeuNome, você tem certeza? Não está sendo precipitada? – Eu nego com a cabeça discando o número da primeira pessoa da lista – Só acho que você deveria conversar com o Dylan primeiro.
– É, mas eu não acho. Se tem uma coisa que aprendi na noite passada é que eu não o amo, não mais, se eu o amasse não esqueceria dele assim que beijei o Louis – Expliquei a ela.
– Talvez seja porque você estava magoada.
– Não, Kate, eu conheço meus sentimentos e tenho certeza que não sinto mais nada por ele – Digo pouco antes de a primeira pessoa atender – Oi, titia, como vai?
E ali começou horas de explicações embaraçosas sobre o porquê do casamento ter sido cancelado, na maioria das vezes eu dizia que nós nos desentendemos e decidimos que seria melhor cancelar, mas sempre vinha aquelas pessoas querendo saber do motivo. E assim se foi a nossa manhã, até a Kate dizer que precisava ir, que tinha um compromisso inadiável e eu ficar sozinha com a lista ainda pela metade, então eu decidi terminar aquilo outro dia.

Passei minha tarde inteira ao lado do telefone, com a esperança de que o Louis me ligasse, mas não aconteceu, o que me magoou muito, só tentei parar de pensar, ele deve estar ocupado, não posso esperar que ele se preocupe tanto comigo, ele nem me conhece direito, deve estar fugindo mesmo. No fim eu acabei decidindo seguir o conselho da Kate de esperar três dias, tudo bem, eu acho isso totalmente ridículo, mas não custa nada e afinal, não tenho outra opção, não é?

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